Gestão inteligente: faturamento 10 vezes maior

Consultoria de gestão inteligente: filho entra para a empresa da família e aumenta o faturamento em 10 vezes. Acompanhe a matéria da Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.globo.com*

Na juventude, a ideia de Rodrigo Reis, 38 anos, era seguir carreira na Medicina. “Já aos 15 anos comecei a estudar mais e prestei vestibular pela primeira vez aos 17 anos. Não passei”, lembra o paulista, natural de Guarulhos. Depois de mais um ano de estudos, tentou novamente, sem sucesso. Decidiu então ingressar na Reis Office, negócio da sua família, em 2002.

“Comecei a trabalhar como vendedor ao mesmo tempo que continuei estudando para o vestibular. Depois de não passar de novo, decidi cursar Comércio Exterior”, afirma Reis. A Reis Office oferece serviços de impressão e foi fundada por seu pai, José Martinho Reis, também CEO do negócio. Desde aquela época, Rodrigo, que hoje ocupa o cargo de diretor comercial, fez diversas mudanças na empresa familiar. Muitas delas contribuíram para o crescimento de 10 vezes no faturamento nos últimos 10 anos.

Gestão inteligente: começo de tudo

O primeiro trabalho de Reis na empresa foi como vendedor de porta em porta. Em 2005, ele assumiu a gestão de qualidade dos produtos da empresa e fez a implantação da ISO 9001. No ano seguinte, foi designado para aprimorar a área técnica, trabalhando especialmente para melhorar o atendimento dos clientes.

“Era tudo muito burocrático. Desenvolvemos um sistema em que o próprio consumidor poderia abrir um chamado online para chamar diretamente os técnicos por um smartphone, o Palm Treo. No primeiro ano, o tempo de atendimento ao cliente diminuiu de 16 para 8 horas”, afirma. “Foi uma grande novidade, porque não era comum ter smartphone. Os clientes e os funcionários se sentiam prestigiados com uma solução tão moderna. Foi uma quebra de barreiras na época.”

Isso também foi possível porque a empresa instalou GPS nos smartphones dos técnicos para que fosse possível identificar quais profissionais estavam mais próximos das casas dos clientes para evitar perda de tempo no deslocamento.

Em 2010, Reis mudou de área novamente e foi para o setor comercial para alavancar as vendas. A primeira mudança foi aumentar a gama de produtos, oferecendo também notebooks e fragmentadoras (máquinas que trituram papel).

A empresa também passou a adquirir empresas concorrentes há cerca de cinco anos, como as empresas Cani, FK e Klima Equipamentos. “Algumas empresas do mercado estavam interessadas em nos comprar, e percebi que poderia usar o valor para adquirir os concorrentes”, afirma Reis, que via vantagem em ter acesso às carteiras de clientes.

O negócio continuou crescendo até que, na pandemia do novo coronavírus, sofreu um baque. “Houve uma queda de faturamento no início porque as impressoras ficaram paradas nos escritórios”, afirma. A empresa buscou uma alternativa, passando a oferecer termômetros para medir a temperatura dos funcionários na entrada das empresas e alugar notebooks para corporações oferecerem aos colaboradores. Com isso, recuperou a receita e fechou 2020 com R$ 177 milhões — R$ 10 milhões a mais do que no ano anterior. Com a retomada, a empresa também já voltou a oferecer os serviços de impressão.

Agora, a Reis Office está desenvolvendo sistemas para o trabalho híbrido em que será possível controlar a impressora localizada na empresa a partir de casa. A Reis Office também continua sua fase de expansão, olhando para mais concorrentes com potencial de ser adquiridos. A previsão é faturar R$ 220 milhões em 2021.

*Este artigo pertence ao portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios e pode ser acessado na íntegra pelo link disponível no início da postagem ou aqui. Na presente postagem, acrescentamos o subtítulo interno “Gestão inteligente: o começo de tudo” para auxiliar a leitura digital. Compartilhamos este conteúdo para reforçar a importância da qualidade, mas esclarecemos que não somos a consultoria envolvida. Reforçamos o crédito do conteúdo e sua íntegra no link, citados no início do texto como Fonte.