Metaverso: os impactos no mercado profissional e na gestão de pessoas

Fonte: TiInside.com.br

A perspectiva de funcionamento do metaverso é um tema que movimenta o mercado global e ganhou força em 2021. Pesquisas por consultoria apontam que mais da metade dos entrevistados (56%) conhecem o termo, mas, muitos ainda não sabem definir o que é e para que serve.

É válido destacar que o interesse foi amplificado pelo anúncio do proprietário do Facebook, Mark Zuckenberg, de mudar a marca do conglomerado empresarial para META. Contudo, é importante entender a proposta tecnológica e analisar como impactará o atual cenário mundial, em termos de economia, privacidade de dados e trabalho.

A coordenadora da pós-graduação em Gestão de Pessoas e Comunicação e Estratégias digitais nas Organizações do Senac EAD, Luciana Rossi Cotrim, esclarece os principais fundamentos do conceito: “trata-se de um espaço on-line compartilhado que possibilita, por meio do uso de subsídios tecnológicos, aproximar o mundo físico do virtual. Nele, os usuários podem interagir em um ambiente tridimensional, como no mundo físico, para fazer compras, participar de comemorações e até aprender novas habilidades”.

É válido destacar que a possibilidade de extensão virtual do mundo real é viável pela combinação de muitas tecnologias emergentes, como: realidade aumentada, Internet das Coisas (IoT), imagens 3D, Inteligência Artificial (IA), entre outras. As ferramentas detalhadas proporcionarão novos modelos de trabalho e a interação entre pessoas de diferentes partes do mundo, de forma virtual.

Quais os setores econômicos mais impactados?

Por se tratar de um setor em fase de construção, existem muitos prognósticos envolvendo o metaverso. De acordo com a Bloomberg Intelligence, a estimativa para os próximos dois anos (2022-2024) é de que o setor movimente US$ 800 bilhões, no período.

A projeção foi pautada nas iniciativas em andamento como lançamentos de games e eventos planejados para serem aplicados no ambiente virtual. Do mesmo modo, já existem modelos de investimentos na economia do metaverso, como por exemplo, em criptomoedas, fundos de investimentos e terrenos virtuais.

Nesse sentido, a docente do Senac EAD acrescenta que outras áreas serão impactadas a partir da acessibilidade ao mundo digital, entre elas: gestão de pessoas, comunicação, marketing, pesquisa científica e o setor de serviços, que já tem sido envolvidos, por meio de estudos e projetos em andamento.

“Existem inúmeras ações de comunicação e marketing acontecendo mundo afora. Aqui no Brasil, por exemplo, a marca carioca de roupas Farm Rio desenvolveu um projeto com o objetivo de expandir a experiência do cliente. Com cenário virtual imitando a loja física, o usuário consegue passear como se estivesse em uma loja real e clicar nos ícones para visualizar as roupas, encontrar cupons de desconto e finalizar a transação dentro do metaverso”, esclarece.

Luciana esclarece ainda, que já é possível integrar o mundo real e virtual das organizações, e destaca alguns exemplos que serão potencializados. “A criação de ambientes de trabalhos virtuais e a integração de novos funcionários nas empresas já acontece, mas serão aprimoradas nesse novo contexto”.

Complementando as iniciativas na área de gestão de pessoas, consultoria desenvolveu um projeto piloto para experimentar o potencial do metaverso nos processos seletivos. Em parceria com grandes organizações, foram realizadas entrevistas no metaverso, com recrutadores treinados para usar as ferramentas tecnológicas. Os participantes em questão foram estudantes de áreas como engenharia, comunicação e administração de empresas, que concorreram a uma vaga de estágio.

Como se atualizar para o mercado do metaverso?

Além de compreender a dinâmica de funcionamento do metaverso, as organizações têm mais desafios pela frente, entre eles, identificar, treinar e reter talentos que atuarão na linha de frente, do novo conceito empresarial.

Outro estudo, apresentado pela Lenovo, demonstra as incertezas dos profissionais em atuação no mercado. Mais da metade dos colaboradores entrevistados (53%) afirmam que se veem divididos sobre a competência dos superiores na adequação de um ambiente virtual e as tecnologias disponíveis na atualidade.

Em contrapartida, o mesmo grupo compreende que a adoção de novas tecnologias é um indicador positivo em direção a esse ambiente. “Nesta situação é possível afirmar que os líderes precisarão se preparar com maior conhecimento e buscar experiências no metaverso, visando inclusive a gestão das pessoas”, argumenta a especialista.

Atento a demanda de atualização de conhecimentos no setor, o Senac EAD disponibiliza especializações lato sensu, com objetivo de oferecer a vivência da nova realidade profissional em áreas como comunicação, gestão de pessoas, tecnologia e gestão de negócios.

Segundo Luciana, os alunos têm a chance de discutirem questões comportamentais e éticas, relativas à privacidade e outros fundamentos que orbitam no cenário do metaverso.

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